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Mostrando postagens de abril, 2007

as aventuras amorosas de Mr R.

As aventuras amorosas de Mr R. 1. O INICIO Rapaz anormalmente comum R é o típico cara tímido, poucas palavras, observador, senso de humor abobalhado por ora inteligente e quase sempre muito cítrico. Onde estiver pessoas reunidas e falantes procure por R com certeza ele estará por lá quetinho, sendo um bom ouvinte, completando frases, fazendo alguns comentários por vezes interessantes. Caçula de uma família de baixa renda, ela orgulha-se das conquistas que fez; a bicicleta comprada com o primeiro salário, o quarto pintado nas cores favoritas, o ingresso na faculdade, as medalhas penduradas na parede, fotos das viagens realizadas com os amigos, o computador de ultima geração. Ele é assim orgulho, por vezes falsa modéstia, contraditoriamente contraditório e metamórfico como sempre insiste em falar. Tudo misturado a um coração grande e sedento por ter suas próprias histórias ouvidas, como há dos amigos mais desavergonhados. No lugar certo nas horas erradas, no lugar errados nas horas certa

palavras, apenas, palavras

As lágrimas se confundem com meu sorriso sem graça, o gosto salgado do vento que teimam em deixá-las marcadas no meu rosto. As pernas já não sinto mais, correr é a única vontade que sinto, me deixem passar, desculpe, desculpe, desculpe, pra ontem estou indo, minhas pernas é que pensam por mim, o caminho será apenas o caminho. Como criança me debruço no banco do carro e vejo apenas a cidade escura passar, imagens turvas, letreiros, néons, mas é tudo muito bonito, o caleidoscópio de imagens lentas, distorcidas em meio de rostos alegres, fanfarrões, fazem da chuva o ritmo da valsa orquestrada pela embriagues dos meus sentidos. Sentado, pedindo abrigo, fico com os olhos cerrados, depressivos pela dor da perda de metáforas berradas baixas no ouvido. ?Será que o mundo realmente gira? minha inércia e autocrítica ácida misturam-se ao cheiro do ralo do vizinho ao lado, prefiro continuar aqui sentado me torturando com imagens e palavras que teimam e fazer eco, na cabeça vazia, que tem força apen

Onde fica o futuro?

Da licença. Você sabe me informar como chego no futuro? No futuro? Hum, deixa eu pensar. O João, João, pro futuro, como se chega mesmo? É facinho, segue em frente, depois de alguns quarteirões você vai ver o futuro fazendo esquina com o presente. Obrigado! Peguei-me assim seguindo em frente, procurando pelo futuro. Quanto mais eu andava, mais distante eu ficava do futuro e quando dava por mim, tudo já estava no passado.Um passo adiante e lá ficaram meus amigos tomando cerveja, para um minuto senta aqui com agente, outro quarteirão cruzado e via aquele campo verde enorme, marcado pela luz do sol, pensava bem que podia sentar um pouquinho e curtir a brisa, mas não posso preciso chegar logo, e assim passaram os meus dias, numa busca incessante em alcançar algo que não sabia o que. Me perguntavam: O que você quer com o futuro? Minhas respostas sempre eram imprecisas, Ah sei lá Família eu dizia pra alguns, estudo falava pra outros, realização pessoal, profissional, sexo, sexo, muito sexo, a